Além das radiações visíveis, chegam também à Terra radiações ultravioleta, que são mais energéticas e que sendo absorvidas pelo organismo, danificam as proteínas do DNA.
A camada do ozono protege-nos dos efeitos nocivos da radiação UV-B, absorvendo uma grande parte desta. Mesmo a pequena porção da radiação UV que não é absorvida, UV-A, pode chegar a ser prejudicial, a quem se exponha muito tempo a ela, podendo provocar:
_Aparecimento de cancros de Pele;
_Perturbações visuais, diminuição do sistema imunitário;
_Diminuição da população de alguns tipos de plantas;
_Danos nas populações aquáticas;
_Interacção com gases poluentes que nos rodeiam, aumentando a sua reactividade;
_Deterioração de materiais, como o plástico e a madeira, e muitos outros danos.
Contudo, a camada do ozono esta a sofrer grandes danos, devido a libertação para a atmosfera de gases tóxicos, como, óxidos nítricos, nitrosos expelidos pelos escapes dos veículos e o dióxido e monóxido de carbono libertados pela combustão do carvão e do petróleo. Mas, os que se encontram no topo da lista são os clorofluorcarbonetos (CFCs).
Os CFCs são compostos químicos estáveis, inodoros, não inflamáveis e não corrosivos, que durante anos foram usados como refrigerantes de ar condicionado, como dispersores em sprays, entre outros, até que veio a ser provado que o seu uso contribuía para a destruição da camada do ozono na estratosfera.
Como são muito pouco reactivos, permanecem inalterados na troposfera até que as correntes de ar os transportam para a estratosfera onde, por acção da radiação ultravioleta (UV) se decompõem dando origem ao radical Cl (cloro).
O + O2 (uv)à O3
CFCl3 + (uv)à Cl + CFCl2
Depois de todos os átomos de cloro se libertarem das moléculas dos CFCs, devido à decomposição fotoquímica, reagindo com o ozono forma monóxido de cloro (ClO) e oxigénio molecular (O2).
Cl + O3 à ClO + O2
ClO + ClO à 2Cl + O2
As moléculas de monóxido de cloro reagem entre si, provocando a libertação de mais cloro e outra molécula de O2.
Estas duas reacções químicas formão o Ciclo de Cloro, no qual à regeneração deste elemento que actua como catalisador, uma vez que entra na reacção sem ser consumido.
Os clorofluorcarbonetos foram sintetizados pela primeira vez há cerca de 70 anos, entrando nos circuitos comerciais. Nos EUA foi proibido o seu uso, pelas autoridades ambientais, em 1978. Contudo, em 1985, meteorologistas ingleses, detectaram a presença de adelgaçamentos da camada do ozono.
Em 1997, os 140 países que constituem a ONU, reuniram-se na cidade de Montreal (Canadá), chegando a um acordo, conhecido pelo Protocolo de Montreal, cujo objectivo era reduzir ate 2000, 50% das emissões dos CFCs, bem como o agendamento do fim da emissão deste gás.
O ozono é uma substância elementar gasosa bastante oxidante, azul pálida, muito venenosa, bastante instável e com um odor desagradável, que lembra lixívia
A sua inalação, mesmo feita em quantidades reduzidas, pode ser mortal para Homem.
É uma forma alotrópica do oxigénio, sendo a sua molécula constituída por três átomos de oxigénio, enquanto o oxigénio vulgar é constituído apenas por dois.
Podemos, no entanto, considerar dois tipos de ozono:
· O ozono estratosférico – que é aquele que nos protege do efeito prejudicial das radiações ultravioleta absorvendo-as.
· O ozono troposférico – este forma-se na troposfera, devido à emissão de gases contaminantes da atmosfera e que são produzidos pela indústria e libertados pelos escapes dos automóveis. É poluente, tóxico e pode causar graves problemas à saúde humana.
Noventa por cento (90%) do ozono atmosférico concentra-se numa zona da estratosfera, entre os 16 e os 30km de altitude, que ficou por isso conhecida como camada de ozono.
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